A Marinha dos Estados Unidos enfrenta um alerta preocupante diante da ascensão naval da China. Um slide informativo, autenticado pela Marinha e divulgado pelo The War Zone, revela que a capacidade chinesa de construção de navios de guerra é pelo menos 232 vezes maior do que a americana. Enquanto os estaleiros chineses operam com uma capacidade de 23,25 milhões de toneladas, os EUA contam com menos de 100 mil toneladas. Esse abismo produtivo ressalta a vulnerabilidade americana diante de um possível confronto com a Marinha do Exército de Libertação Popular da China (PLAN), que já é a maior força naval do mundo.
Segundo projeções do Escritório de Inteligência Naval (ONI), a frota chinesa deve saltar de 355 navios em 2020 para 475 em 2035. Em contraste, a Marinha dos EUA espera crescer timidamente de 296 para até 317 navios no mesmo período. Esse crescimento acelerado da PLAN é impulsionado pelo domínio estatal chinês na indústria naval, que controla cerca de 40% do mercado global de construção naval comercial, enquanto os EUA enfrentam limitações estruturais e de mão de obra.
Além do ritmo impressionante de construção, a China expande sua frota com navios modernos e porta-aviões, aumentando a complexidade de uma possível resposta americana em cenários como o Mar da China Meridional ou Taiwan. A disparidade preocupa o governo norte-americano, que avalia formas de modernizar seus estaleiros e ampliar a capacidade de manutenção de sua frota, áreas fragilizadas após décadas de cortes orçamentários.
Diante desse cenário, líderes militares e políticos dos EUA debatem alternativas para compensar a inferioridade numérica, como investimentos em tecnologias avançadas, drones navais e armas hipersônicas. No entanto, especialistas alertam que sem uma expansão concreta da frota, os EUA podem ter dificuldades em conter a influência global da China e proteger seus aliados estratégicos.