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Teatro de Parisiense à beira da falência após ocupação de migrantes africanos, Gaîté Lyrique sofre com abandono das autoridades

A ocupação iniciada após evento pró-refugiados provoca colapso financeiro do teatro parisiense, expondo a falta de ação das autoridades locais e nacionais.

O tradicional teatro Gaîté Lyrique, em Paris, enfrenta uma grave crise financeira após ser ocupado por cerca de 300 migrantes africanos. A ocupação começou em 10 de dezembro de 2024, logo após um evento organizado pelo próprio teatro sobre acolhimento de refugiados, com participação de acadêmicos de esquerda e da Cruz Vermelha. O que deveria ser uma discussão sobre integração transformou-se em um impasse que já dura mais de cinco semanas.

A administração do Gaîté Lyrique relatou condições sanitárias precárias e prejuízos financeiros que ameaçam a sobrevivência da instituição. O teatro, que depende majoritariamente da venda de ingressos para se manter, já acumula perdas de centenas de milhares de euros devido ao cancelamento de eventos programados até o fim de janeiro.

Negócios vizinhos também sentem os impactos. Um restaurante ao lado do teatro afirmou ter perdido cerca de 30 mil euros em receitas. Segundo a gerente Elia, filha de migrantes argelinos, o comportamento dos ocupantes tem afastado clientes: “Fumam maconha e brigam na frente do meu terraço”, relatou.

Enquanto a prefeitura de Paris, liderada pela socialista Anne Hidalgo, busca alternativas sem sucesso, o governo de Emmanuel Macron permanece distante da questão. A ausência de soluções concretas e o agravamento da crise levantam questionamentos sobre a eficácia das políticas públicas diante de desafios migratórios.

Com o Gaîté Lyrique em risco de fechar suas portas, o caso expõe a fragilidade de instituições culturais que, ao abraçar certas pautas ideológicas, acabam vulneráveis a consequências imprevistas e à omissão do poder público.

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