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Trump usa bloqueio do X no Brasil como exemplo de censura em defesa do TikTok nos EUA

Presidente eleito relaciona bloqueio de rede social no Brasil à liberdade de expressão, em petição à Suprema Corte americana.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, incluiu o bloqueio da rede social X (antigo Twitter) no Brasil como exemplo de censura em uma petição apresentada à Suprema Corte americana. A ação visa impedir a proibição do TikTok no país, medida que ele classifica como um ataque à liberdade de expressão.

A plataforma chinesa TikTok enfrenta uma possível suspensão nos EUA caso não seja vendida até 19 de janeiro, conforme determinado por uma lei aprovada pelo Congresso americano em 2023. Trump, que tomará posse para seu segundo mandato no dia seguinte, argumenta que tal medida seria equivalente ao que aconteceu no Brasil, onde o ministro Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio do X entre agosto e outubro de 2024.

Na petição, Trump afirmou que o bloqueio do X no Brasil visava “suprimir discursos políticos desfavorecidos”, destacando que a ordem foi motivada por pressões governamentais contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele sugeriu que a decisão brasileira pode ter sido influenciada pela recente legislação americana, que amplia o controle estatal sobre plataformas digitais.

“O Brasil fechou outra plataforma de mídia social inteira, o X, por mais de um mês, aparentemente com base no desejo do governo de suprimir discursos políticos desfavorecidos”, argumentou o republicano. Segundo Trump, esse precedente reforça os perigos de conceder ao governo americano “poder extraordinário” para encerrar redes sociais, como seria o caso do TikTok.

A crítica também incluiu menções às preocupações de autoridades brasileiras com discursos contrários ao governo na plataforma, reforçando a necessidade de proteger as redes sociais como espaços de liberdade de expressão. Trump concluiu que a censura digital, seja nos EUA ou em países aliados, representa um risco para as democracias ocidentais.

O caso brasileiro agora figura como parte central na defesa do TikTok, revelando como os desafios à liberdade digital se tornaram questões globais. A decisão da Suprema Corte americana terá implicações significativas, tanto nos Estados Unidos quanto além de suas fronteiras.

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