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Nova lei do combustível: Brasil adota gasolina com 30% a mais de Etanol em 2024

Nova mistura de 30% de etanol será testada em janeiro e deve impactar o consumo e emissões dos veículos no Brasil.

Aprovada em outubro de 2024, a Lei do Combustível do Futuro traz mudanças significativas à gasolina brasileira. Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a medida aumenta os limites mínimos e máximos de etanol anidro na mistura com gasolina, variando de 22% a 35%. Embora o teto tenha sido ampliado pelos parlamentares, o percentual inicial será de 30%, conhecido como “E30”. A novidade deve chegar aos postos de abastecimento em abril, após testes rigorosos conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).

Esses ensaios, programados para janeiro e fevereiro, avaliarão aspectos como dirigibilidade, emissões e compatibilidade de materiais. O Ministério de Minas e Energia (MME) usará os resultados para recomendar a nova mistura ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Segundo o engenheiro Rogério Gonçalves, da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), o impacto no consumo dos veículos será uma questão central. “A autonomia total pode diminuir com o aumento de etanol na mistura”, explicou.

Além do consumo, outras implicações estão em foco. Carros mais antigos, com sistemas de injeção ultrapassados, podem apresentar desafios nos testes, enquanto veículos importados podem demorar mais para se adaptar à nova gasolina. As montadoras nacionais, por sua vez, têm até abril para ajustar seus modelos.

Um dos objetivos da Lei é reduzir emissões, já que o etanol promove uma queima mais limpa no motor. No entanto, questões como aumento de custos para os motoristas e possível encarecimento do combustível ainda geram dúvidas. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) conduzirá análises complementares para assegurar a estabilidade do novo composto.

Com as expectativas voltadas para os relatórios finais, o impacto da gasolina E30 será decisivo para o futuro da mobilidade e do meio ambiente no Brasil. O Farol Diário seguirá acompanhando de perto os desdobramentos desta importante transição energética.

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