Guarulhos, SP – A guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos ganhou um novo e inusitado capítulo: uma retaliação do além. Em resposta à tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros, a Fundação Cacique Cobra Coral anunciou que vai cortar pela metade sua “assistência climática” aos EUA. A decisão, carregada de simbolismo espiritual e ironia, promete colocar o clima norte-americano “por conta própria”.
A informação foi divulgada pela médium Adelaide Scritori, presidente da fundação sediada em Guarulhos, que afirma atuar para equilibrar o clima em nome de uma entidade espiritual. “A assistência sem ônus será reduzida em 50%”, declarou, sem economizar no tom místico. Segundo a organização, sua atuação se estende por 16 países e três continentes — o que levanta questões sobre a influência do sobrenatural na geopolítica moderna.
A decisão foi tomada após Trump anunciar que, a partir de 1º de agosto, produtos brasileiros enfrentarão novas tarifas. O ex-presidente justificou a medida como uma resposta ao julgamento de Jair Bolsonaro e ao que classificou como censura no Brasil. “É uma vergonha internacional… uma caça às bruxas”, disse, em tom indignado — curiosamente alinhado ao vocabulário esotérico da fundação que o confronta.
Ainda que tudo pareça uma grande sátira — e em boa parte é — o episódio revela como até mesmo instituições obscuras se mobilizam diante de tensões econômicas e políticas. A Cacique Cobra Coral, conhecida por colaborar com prefeituras brasileiras em situações de enchente e seca, aproveitou o momento para transformar sua mensagem em uma espécie de performance simbólica contra o que considera um ataque ao Brasil.
No fim das contas, Trump talvez não perca o sono com a ameaça metafísica, mas a história já rendeu boas risadas (e reflexões) entre os brasileiros. Se o clima vai mudar de verdade? Provavelmente não. Mas o humor ácido da fundação garantiu seu momento de fama no noticiário — e, quem sabe, provocou um leve calafrio no ego do magnata republicano.
