O conselheiro político de Donald Trump, Jason Miller, fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que ele age como se fosse o verdadeiro chefe de Estado no Brasil. A declaração ocorre após a recente decisão que restringe o uso das redes sociais por Jair Bolsonaro (PL) e proíbe que terceiros compartilhem suas declarações.
“Alexandre de Moraes NOVAMENTE leva todo o ‘crédito’ pela perseguição política contra o presidente Jair Bolsonaro. Moraes quer que o mundo inteiro saiba que ELE governa o Brasil, não Lula”, escreveu Miller em seu perfil na rede social X (antigo Twitter). O comentário reflete o crescente incômodo de aliados internacionais do ex-presidente com as decisões judiciais brasileiras.
Além de Moraes, Miller direcionou críticas ao atual presidente do STF, Luís Roberto Barroso, a quem chamou de “hipócrita”. O conselheiro também publicou mensagens defendendo a liberdade de Bolsonaro, sugerindo que o ex-presidente brasileiro estaria sendo silenciado por razões políticas.
As declarações de Jason Miller acirram o clima de tensão institucional e diplomática, especialmente diante da aproximação entre lideranças conservadoras globais e o entorno de Bolsonaro. A fala de Miller não representa uma posição oficial do governo dos Estados Unidos, mas reforça o alinhamento ideológico entre figuras ligadas a Trump e setores da direita brasileira.
A situação desperta preocupação não apenas pelas repercussões políticas internas, mas também pelo impacto nas relações exteriores do Brasil. Para leitores de O Farol Diário, o episódio reforça a imagem de um Supremo Tribunal cada vez mais centralizador e protagonista na condução dos rumos do país, em detrimento do debate aberto e democrático.