Um incidente envolvendo um agente secreto da Abin causou um alvoroço significativo, levando a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Justiça a investigarem o assunto. Tudo começou quando uma funcionária da Agência Brasileira de Inteligência enviou acidentalmente um e-mail destinado a apenas dois colegas, mas acabou indo parar nas caixas de correio de outras 18 pessoas. O conteúdo revelava detalhes do Centro de Inteligência Nacional (CIN), o que gerou preocupações sobre segurança.
A autora do e-mail alegou ter cometido o equívoco ao incluir inadvertidamente um grupo maior de destinatários ao redigir a mensagem. Em seu depoimento à Polícia Federal, explicou que o documento foi elaborado a pedido da secretária do CIN, que desejava familiarizar-se com os novos rostos no departamento. No entanto, as consequências foram além do esperado, com o conteúdo sendo divulgado publicamente.
O incidente resultou em demissão para um agente da Abin, Cristiano Ribeiro, apontado como responsável pelo vazamento após uma sindicância interna. No entanto, o Ministério Público Federal contestou a decisão, argumentando que as evidências apresentadas eram insuficientes. Uma perícia da Polícia Federal questionou a validade do principal elemento de acusação: a tela do computador de Ribeiro.
Diante da falta de provas contundentes, a Justiça Federal decidiu arquivar o caso e absolver Ribeiro do crime de violação de sigilo funcional. A juíza Pollyanna Alves destacou a ausência de elementos que ligassem diretamente Ribeiro ao vazamento, concluindo que não havia fundamentos para uma ação penal.