A viagem da primeira-dama Rosângela da Silva, Janja, a Roma, na Itália, custou ao menos R$ 292,3 mil, conforme informações divulgadas pelo jornal Estadão. O montante inclui as despesas com passagens e diárias da comitiva de 12 pessoas que acompanhou Janja no evento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, promovido pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrário (Fida). Os gastos ocorrem em meio a um cenário de discussões sobre controle fiscal no país.
O custo da passagem aérea de Janja foi de R$ 34,1 mil, com bilhetes adquiridos apenas dez dias antes do embarque, o que pode ter elevado o preço. A primeira-dama viajou em classe executiva, embora, segundo decreto vigente, essa categoria seja permitida apenas para ministros e altos cargos comissionados. A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) justificou que a legislação permite essa exceção.
Durante sua estadia em Roma, Janja ficou hospedada na Residência Oficial do Brasil, localizada no Palazzo Pamphilj, um dos edifícios históricos mais luxuosos da cidade. Enquanto isso, os membros da comitiva acumularam altos valores em diárias. A servidora Raquel Porto Mendes Ribeiro, do Ministério da Fazenda, recebeu R$ 17,8 mil, sendo o maior valor registrado. No entanto, outros gastos do grupo ainda não foram detalhados pelo governo.
O evento também contou com a presença do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, que foi eleito presidente do Conselho da Aliança Global. Em seu discurso, Janja defendeu ações conjuntas para erradicar a fome, destacando a necessidade de colaboração entre governos e instituições financeiras.
Até o momento, o governo não divulgou o custo total da viagem, e a Secom recomendou que solicitações sobre os gastos sejam encaminhadas ao Ministério do Desenvolvimento Social. A falta de transparência sobre os valores envolvidos levanta questionamentos, especialmente diante das promessas de austeridade fiscal.
Uma resposta
300 mil para carregar merda? O frete está caro, não?