O senador Ciro Nogueira (PP-PI) fez duras críticas à comunicação do governo Lula (PT) e afirmou que o novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, estaria “acabando” com o presidente ao expô-lo em excesso. Segundo ele, essa estratégia tem agravado a já baixa popularidade do petista, tornando improvável uma recuperação de imagem a tempo de 2026.
Além disso, o senador, que já ocupou a Casa Civil no governo Bolsonaro (PL), sinalizou um possível desembarque do PP do governo, apesar da presença de André Fufuca como ministro do Esporte. Para Nogueira, a administração de Lula está “ultrapassada” e sem capacidade de tomar as decisões necessárias para o país. Ele alertou que, caso o governo não mude radicalmente de direção, seu partido pode abandonar de vez a base aliada, abrindo caminho para uma debandada do centrão.
Sobre a crise envolvendo Bolsonaro e as investigações sobre tentativa de golpe, Ciro Nogueira negou qualquer envolvimento e criticou as delações de Mauro Cid, alegando que o ex-presidente não deve ser preso, pois as acusações são baseadas em “achismos” e carecem de provas concretas. Ele também minimizou as investigações sobre fraudes no cartão de vacinação e joias, pedindo que a mídia “vire essa página”.
Por fim, o senador destacou que, para 2026, a direita precisa definir um candidato o quanto antes. Embora veja Bolsonaro como a melhor opção, ele reconhece que, caso o ex-presidente permaneça inelegível, o apoio pode recair sobre nomes como Tarcísio de Freitas ou Ratinho Júnior. Nogueira também aposta que Lula não disputará a reeleição para evitar o risco de uma derrota histórica, apontando Fernando Haddad como seu provável sucessor na disputa.
