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Dep Faissal se opõe a leilão de rodovias e vê prejuízo para motoristas

A rodovia será entregue à iniciativa privada, por meio de concessão, o que implicará em cobrança de pedágio.

Deputado discorda de instalação de pedágio na Estrada da Guia

O deputado estadual Faissal Calil (Cidadania) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), na sessão da manhã desta quarta-feira (12), para se posicionar de forma contrária ao leilão de concessão de seis lotes de rodovias estaduais. Entre elas, está a MT-010, também conhecida como“Estrada da Guia”, que terá um trecho de 36 quilômetros duplicado pelo estado, em um investimento de mais de R$ 50 milhões.

Após a duplicação e construção de um posto de fiscalização e policiamento de trânsito, a rodovia será entregue à iniciativa privada, por meio de concessão, o que implicará em cobrança de pedágio. A medida, no entanto, foi bastante criticada pelo deputado estadual, que destacou a importância da obra, mas discordou da concessão da rodovia.

Além da Estrada da Guia, o Governo do Estado irá realizar, na sexta-feira (14), o leilão para concessão de seis lotes de rodovias estaduais, totalizando 2,1 mil km. O investimento previsto é de R$ 8 bilhões ao longo de 30 anos. O certame será feito na Bolsa de Valores, em São Paulo, e segundo o deputado estadual, impactará de forma significativa no bolso dos usuários.

“Recebemos bastante reclamação, pois ninguém vê as obras, mas a cobrança do pedágio é sentida no bolso do consumidor. Nós não podemos deixar acontecer isso. Para vocês terem uma ideia, são feitas audiências públicas que, infelizmente, não têm poder nenhum. Se decide com o decreto do governador e acabou. Ele vai lá e coloca uma praça de pedágio na porta da sua casa. Isso não está certo. O pedágio é bom quando a empresa privada investe na rodovia, e aí a população sente as melhorias e paga. No entanto, as concessões que estão aí são maléficas para a população mato-grossense. Eu fico indignado porque as empresas serão muito favorecidos e sequer pagarão outorga. Mato Grosso vai virar o estado do pedágio.”, afirmou.

Uma resposta

  1. Concordo plenamente com a posição do deputado Faissal em relação à concessão das rodovias estaduais, principalmente no caso da Estrada da Guia. É inaceitável que o Estado invista recursos públicos para duplicar e melhorar uma rodovia, com mais de R$ 50 milhões do nosso dinheiro, e logo depois entregue esse patrimônio à iniciativa privada, que vai impor pedágios pesados à população. Isso significa que o cidadão paga duas vezes: uma vez com os impostos que financiam as obras e outra com a cobrança do pedágio para usar a estrada que ele mesmo ajudou a construir.

    Além disso, como o deputado bem destacou, não há uma participação real da sociedade nessas decisões. As audiências públicas existem, mas não têm poder de decisão. Tudo fica à mercê de decretos que favorecem grandes empresas, sem garantir um retorno justo para quem mais precisa: o povo mato-grossense.

    O pedágio pode ser uma solução quando há investimento privado desde o início, com melhorias claras nas estradas. Mas não é o caso aqui. Estamos vendo um modelo que só vai pesar no bolso dos motoristas, sem a devida contrapartida. A concessão sem pagamento de outorga ainda levanta outra questão: quem realmente está se beneficiando com isso?

    Por tudo isso, apoio o posicionamento do deputado Faissal. Precisamos defender o interesse da população e exigir mais transparência e justiça nas concessões das nossas rodovias.
    Tmj att: Júlio da power

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