O governo do Mato Grosso deu início, nesta sexta-feira (14), ao leilão de quatro concessões rodoviárias na sede da B3, em São Paulo. A expectativa é de um investimento total de R$ 4,73 bilhões nos trechos ofertados. Apesar da movimentação, dois lotes foram retirados da disputa por falta de propostas, reduzindo o valor total inicialmente previsto.
O certame adota um modelo em que vence o proponente que oferecer o maior desconto sobre a tarifa máxima de pedágio. Além disso, um aporte financeiro cresce proporcionalmente ao deságio concedido, estratégia inspirada em licitações federais para evitar lances excessivamente agressivos.
Os quatro lotes ofertados abrangem importantes corredores logísticos do estado. O lote 1, entre Juara e Tapurah (237,59 km), receberá R$ 699 milhões. O lote 2, que liga Nova Mutum a Campo Novo do Parecis (418,56 km), prevê um investimento de R$ 1,83 bilhão. Já o lote 5, conectando Paranatinga a Canarana (308,26 km), contará com R$ 1,1 bilhão. O mesmo valor foi estimado para o lote 8, que cobre o trajeto entre Brasnorte e Castanheira (344,15 km).
Os dois lotes retirados, que somavam R$ 2,95 bilhões em investimentos, foram excluídos por dificuldades técnicas e ausência de propostas. O lote 3, trecho de 161,37 km entre Cuiabá e Rosário Oeste, era considerado um dos mais desafiadores do ponto de vista da engenharia. Já o lote 6, um extenso corredor de 634,35 km entre Campo Verde e Sinop, também não atraiu interessados.
O governo estadual informou que os projetos suspensos passarão por ajustes antes de um novo leilão. Segundo comunicado oficial, o objetivo é aprimorar o certame para garantir viabilidade e maior participação. Novas datas e alterações nos editais devem ser divulgadas em breve.
