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Crime organizado sufoca empresas: Provedora de internet fecha após atentados

Ataques coordenados por facção criminosa forçam encerramento da GPX Telecom e escancaram crise de segurança no estado.

Provedora de internet encerra operações após ataques criminosos no Ceará

A provedora de internet GPX Telecom, sediada em Caucaia, anunciou o encerramento definitivo de suas atividades após sofrer ataques violentos de criminosos. Em nota, a empresa afirmou que, em menos de 20 minutos, sua estrutura foi destruída, tornando inviável a continuidade dos serviços. O episódio expõe a grave crise de segurança enfrentada pelas pequenas empresas do setor no Ceará.

Desde fevereiro, facções criminosas vêm promovendo ataques contra operadoras de internet no estado, visando extorquir dinheiro em troca da permissão para operar. Empresas que se recusam a pagar a chamada “taxa” são alvos de incêndios, disparos contra suas sedes e sabotagem na rede de cabos. A GPX Telecom, que operava há nove anos em bairros como Parque Soledade e São Gerardo, é a mais recente vítima dessa onda de violência.

A Secretaria da Segurança Pública informou que a Polícia Civil já prendeu 27 suspeitos de envolvimento nesses ataques, e as investigações seguem sob responsabilidade da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Durante as operações, veículos, armas e celulares foram apreendidos. No entanto, os crimes continuam afetando diversas localidades, incluindo Fortaleza, Caucaia, Caridade e São Gonçalo do Amarante.

O governador do estado, Elmano de Freitas, anunciou a criação de um grupo especial para investigar e combater os atentados contra empresas provedoras de internet. No entanto, diante da escalada da violência e do fechamento de prestadoras como a GPX Telecom, a segurança e a liberdade econômica seguem ameaçadas, enquanto empreendedores lutam para manter seus negócios longe da influência do crime organizado.

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