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Moraes devolve eletrônicos de Marcos do Val, mas mantém arma retida

Parlamentar afirma ser alvo de perseguição política e critica operação “teatral” conduzida por Alexandre de Moraes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu nesta sexta-feira (21) devolver os equipamentos eletrônicos do senador Marcos do Val (Podemos-ES), apreendidos durante uma operação judicial. No entanto, a pistola Glock calibre .380 do parlamentar seguirá retida pelas autoridades. A decisão também impõe um prazo de 90 dias para a retirada dos equipamentos, sob pena de destruição.

Marcos do Val, conhecido por sua proximidade com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não poupou críticas à atuação do STF. Ele classificou a operação como “sensacionalista e teatral”, além de acusar Moraes de utilizar o Judiciário para intimidar opositores. “Tenho 16 fuzis que estão em Dallas, no Texas (EUA). Aqui, no Brasil, só tenho essa arma”, afirmou.

O parlamentar está na mira do Supremo sob suspeita de obstrução de Justiça. Em 2024, ele teve suas contas bancárias bloqueadas e passou a receber apenas 30% do salário de senador. A medida veio após a publicação de conteúdos considerados sensíveis nas redes sociais, envolvendo o delegado da Polícia Federal, Fábio Schor, responsável por investigações ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A devolução parcial dos bens, porém, não significa alívio total ao senador, que segue enfrentando restrições e investigações. Para setores da direita, o caso é mais um exemplo do desequilíbrio entre os poderes e do uso político das instituições. Já para críticos, a postura do parlamentar justifica a atuação firme do STF.

O caso segue sendo acompanhado de perto por O Farol Diário, especialmente pelo potencial que tem de reacender o debate sobre liberdades individuais, ativismo judicial e os limites da atuação de autoridades públicas em um regime democrático.

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