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Oposição cobra respostas do governo sobre vacinação contra a dengue

Deputados da oposição questionam estratégias de combate à dengue e criticam a baixa adesão à vacinação; requerimentos foram aprovados e seguem para o Ministério da Saúde.

Deputados da oposição, liderados por Caroline de Toni (PL-SC), apresentaram requerimentos ao Ministério da Saúde pedindo explicações sobre as ações de combate à dengue no Brasil. Os pedidos foram protocolados no mês passado e aprovados pela Câmara dos Deputados no último dia 19, após pareceres favoráveis do vice-presidente da Casa, Altineu Côrtes (PL-RJ). Agora, os requerimentos seguem para análise da pasta.

Em 2023, o Brasil registrou mais de 6,6 milhões de casos prováveis de dengue e 6.239 mortes. Apenas nos primeiros meses de 2024, já são mais de 663 mil casos e 351 óbitos. Apesar da gravidade do cenário, a vacinação não avança como esperado: das 6,5 milhões de doses enviadas pelo governo, apenas 3,3 milhões foram aplicadas. A deputada Caroline de Toni quer saber quais estratégias logísticas foram adotadas para a vacinação e quais medidas estão sendo tomadas para aumentar a adesão, especialmente entre os adolescentes, onde há grande abandono do esquema vacinal.

Outros parlamentares da oposição também exigem esclarecimentos. Alfredo Gaspar (União-AL) questiona o orçamento previsto para ações emergenciais em 2025 e os investimentos em medidas preventivas. Já Capitão Alberto Neto (PL-AM) cobra informações sobre a eficácia e distribuição da primeira vacina nacional contra a dengue, prometida para o ano que vem, com previsão de produção de 60 milhões de doses anuais.

Especialistas, como o infectologista Carlos Starling, apontam que a comunicação falha do governo federal contribuiu para a baixa adesão vacinal. Ele também critica a tendência de responsabilizar apenas a população pelo avanço da dengue, ignorando fatores estruturais e sociais que favorecem a proliferação do mosquito transmissor.

A crescente pressão da oposição revela não apenas a preocupação com a crise sanitária, mas também a cobrança por mais transparência e eficiência na condução de políticas públicas. O Farol Diário seguirá acompanhando os desdobramentos desses pedidos e as respostas do Ministério da Saúde.

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