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iPhone “Made in USA” pode nunca acontecer: custos são até 3x maiores

Mesmo com tarifas pesadas propostas por Donald Trump, a Apple considera mais viável manter a produção na Ásia — ou até no Brasil — do que investir em fábricas americanas

A Apple não pretende transferir a produção do iPhone para os Estados Unidos, apesar das tarifas de até 34% propostas por Donald Trump sobre produtos eletrônicos importados da China e da Índia. A medida, que já provocou quedas nas ações da empresa, esbarra no custo proibitivo de fabricar os aparelhos em solo americano.

Segundo estimativas, um iPhone montado nos EUA poderia custar até US$ 3.500 (cerca de R$ 20.219), devido ao alto custo da mão de obra. Em comparação, repassar as tarifas integralmente ao consumidor resultaria em um iPhone de US$ 2.300 (R$ 13.287), valor ainda elevado, mas significativamente mais barato do que produzi-lo nos EUA.

O analista Mark Gurman foi enfático ao comentar a situação: “Não há universo em que a Apple transfira a produção do iPhone para os EUA”. Diante desse cenário, a empresa está acelerando a importação de iPhones produzidos na China e Índia para formar um estoque robusto nos Estados Unidos.

Fontes indicam que essa estratégia visa ganhar tempo, apostando na instabilidade das decisões de Trump, que já demonstrou inclinação a voltar atrás em medidas tarifárias poucos dias após anunciá-las. A produção no Brasil, com uma tarifa de apenas 10%, também aparece como uma alternativa mais econômica do que investir em infraestrutura americana.

Para os leitores de O Farol Diário, o caso ilustra como decisões protecionistas, embora populares em discursos políticos, muitas vezes esbarram na realidade econômica globalizada e acabam punindo os próprios consumidores.

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