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Marinha Japonesa ultrapassa Marinha Britânica em poderio e modernização

Relatório revela disparidade crescente entre as marinhas do Reino Unido e do Japão, expondo desafios estratégicos e orçamentários enfrentados pelos britânicos.

Royal Navy perde fôlego diante do avanço japonês

Um relatório parlamentar publicado na edição de março/abril de 2025 da revista Warship World acendeu um alerta entre analistas de defesa: a Marinha Real Britânica (Royal Navy) está sendo amplamente superada pela Força Marítima de Autodefesa do Japão (JMSDF) em termos de quantidade, modernização e capacidade operacional. O documento, assinado por Christopher Cope, compara detalhadamente os números e revela uma diferença que vai muito além dos navios.

Segundo o relatório, o Japão opera hoje com 150 navios e 346 aeronaves, apoiado por um efetivo de 50.800 militares. Em contrapartida, a Royal Navy conta com apenas 79 navios, 160 aeronaves e 31.900 militares. A disparidade é ainda mais marcante na categoria de navios de escolta, como fragatas e destróieres: a JMSDF possui 46 unidades ativas, enquanto o Reino Unido mantém apenas 14, sem receber novas embarcações desse tipo desde 2013.

Apesar de contar com um orçamento de defesa superior — US$ 68,46 bilhões contra os US$ 46 bilhões japoneses —, o Reino Unido enfrenta dificuldades para modernizar sua frota. O número total de navios da Royal Navy e da Royal Fleet Auxiliary tem diminuído, em grande parte devido à aposentadoria precoce de embarcações e à lentidão na entrega de novos modelos, conforme admitido em briefing recente no Parlamento Britânico.

Enquanto isso, o Japão tem mantido um ritmo constante de modernização, incorporando 12 novos destróieres e fragatas entre 2013 e 2024. A estratégia japonesa é clara: garantir superioridade regional, proteger zonas econômicas exclusivas e investir em embarcações multifuncionais dotadas de tecnologias de ponta.

A análise comparativa publicada em O Farol Diário levanta questões sobre as escolhas estratégicas do Reino Unido — como a ênfase nos porta-aviões — e se esse foco compromete a capacidade de resposta mais ampla da Royal Navy. Especialistas indicam que, para manter influência global, os britânicos precisarão repensar sua abordagem naval, acelerar programas de construção e modernização e lidar com os crescentes custos de manter uma força dissuasória relevante.

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