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EUA avaliam sanções a cônjuges de ministros do STF para pressionar Corte

Washington quer ampliar impacto das sanções a Alexandre de Moraes, mirando fontes de renda familiar e alianças institucionais do STF

O Farol Diário apurou que o governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, estuda estender sanções a cônjuges de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A iniciativa ocorre em meio à expectativa de uma reação institucional à possível penalização de Alexandre de Moraes, um dos principais alvos de Washington por supostas violações à liberdade de expressão e perseguição política a opositores do governo Lula.

Segundo o portal Metrópoles, o Departamento de Justiça norte-americano já mapeou escritórios de advocacia ligados às esposas de quatro ministros do STF: Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Dias Toffoli. A avaliação é de que parte relevante da renda familiar dos magistrados transita por essas bancas, o que justificaria a ampliação das medidas restritivas com base na eficácia das sanções.

As sanções previstas incluem a proibição de negócios com empresas e cidadãos norte-americanos, impactando diretamente os escritórios das esposas dos ministros. A medida, no entanto, não atingiria filhos ou demais familiares cujos bens não se comunicam legalmente com os dos ministros, segundo especialistas ouvidos pela reportagem.

A resposta do Supremo não tardou nos bastidores. Fontes próximas ao tribunal afirmam que os ministros não pretendem alterar sua conduta institucional diante da pressão internacional. A Corte pretende manter sua atuação com base na independência dos Poderes, sem ceder a ingerências externas, ainda que a ofensiva de Washington se intensifique.

As sanções a Moraes são discutidas à luz da Lei Global Magnitsky, usada pelo governo americano para punir autoridades estrangeiras acusadas de violações graves de direitos humanos. O foco inicial foi a censura de perfis em redes sociais, como X (ex-Twitter) e Truth Social, e agora se amplia para alegações de perseguição política, com destaque para o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além dos cônjuges, o governo Trump também considera aplicar sanções a juízes auxiliares, membros da Procuradoria-Geral da República e delegados da Polícia Federal envolvidos em ações que, na visão dos republicanos, configurariam abuso de poder. A tensão diplomática se intensifica num momento em que o debate sobre liberdade de expressão e independência institucional volta ao centro do cenário político brasileiro.

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