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Governo Biden ignora milhares de denúncias de tráfico infantil, aponta relatório

Documentos oficiais revelam omissão do governo em mais de 65 mil denúncias envolvendo menores desacompanhados

Administração Biden é acusada de negligência em casos de tráfico infantil e abuso de menores migrantes, segundo relatório oficial publicado pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS). O documento revela que mais de 65,6 mil denúncias acumuladas seguem sem a devida apuração — sendo 7,34 mil delas relacionadas diretamente ao tráfico humano.

A força-tarefa interagências criada em fevereiro para investigar esses abusos começou a revisar casos ignorados por gestões anteriores, mas os resultados ainda são considerados tímidos diante da gravidade do problema. Apenas 528 pistas relevantes foram obtidas, resultando em 36 processos, 25 mandados de prisão e somente 3 condenações.

A postura da atual administração tem sido duramente criticada no Congresso. O senador republicano Chuck Grassley cobrou explicações sobre o paradeiro de milhares de menores, alegando que o governo entregou crianças a patrocinadores perigosos e dificultou o trabalho de investigação policial. O secretário de Saúde, Xavier Becerra, foi acusado de ignorar repetidos pedidos de informação.

Outro dado alarmante diz respeito ao número de crianças consideradas desaparecidas: mais de 32 mil menores não compareceram às audiências de imigração e perderam contato com o sistema. Segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS), atualmente cerca de 291 mil crianças estão sob custódia de receptores nos EUA.

O escândalo se agrava com a revelação de que a organização Southwest Key Programs, investigada por casos de abuso sexual contra menores, continuou a receber bilhões de dólares do governo federal até 2024. Mesmo após denúncias de estupros e abuso sistemático entre 2015 e 2023, os contratos com o HHS não foram suspensos.

O Farol Diário seguirá acompanhando os desdobramentos deste caso, que expõe falhas graves de supervisão e a possível conivência do Estado com redes de exploração infantil, em nome de uma política migratória desorganizada e leniente.

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