Boulos apaga tweet que evidenciava crescimento de renda da população no governo Bolsonaro

Seu objetivo era criticar o aumento mais expressivo da renda dos mais ricos, mas a internet não perdoou a gafe e vários internautas debocharam: "Hater ou fã?"

O deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) deletou uma postagem no antigo Twitter ao mencionar o aumento na renda da população mais pobre entre 2017 e 2022, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Boulos referenciou uma nota técnica da Fundação Getulio Vargas (FGV) indicando que a renda dos super-ricos, representando 0,01% da população brasileira, cresceu três vezes mais do que 95% dos brasileiros.

A ação do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo gerou comentários negativos na rede, questionando sua aptidão para o cargo. O estudo da FGV destaca que a concentração de renda no Brasil aumentou, indicando que os 5% mais ricos detinham 39,9% da renda nacional em 2022, acima dos 36,5% de 2017.

Enquanto a maioria teve um crescimento médio de 33%, os mais ricos registraram variações de 51%, 67% e 87%, e entre os 0,01% mais ricos, o crescimento foi de 96%, segundo o levantamento.

O que Boulos falhou em entender é que quanto mais renda se tem, mais renda se gera pelo princípio básico dos juros compostos. Dessa forma, quando se atinge uma alta quantia de dinheiro, até mesmo em um fundo de baixa rentabilidade, a renda gerada será superior à da população mais pobre.

Guilherme Boulos é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo com Marta Suplicy como vice, enquanto Ricardo Nunes conta com o apoio de Jair Bolsonaro, e Boulos será respaldado por Luiz Inácio Lula da Silva.

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