Canadá aprova lei que exige absorventes em banheiros masculinos

Medida foi oficializada no fim de dezembro e já deve entrar em vigor no início deste ano em todas as repartições públicas

Os empregadores regulamentados pelo governo federal no Canadá agora são obrigados a oferecer produtos de higiene feminina gratuitos em todos os banheiros, incluindo os masculinos. Sob a administração de Justin Trudeau, essa medida, que entrou em vigor recentemente, levanta questionamentos sobre sua aplicação e impacto.

Os regulamentos se estendem a vários setores, como departamentos de serviço público federal, corporações da coroa, bancos, aeroportos e estações ferroviárias, segundo a Canadian Broadcasting Corporation (CBC). No entanto, cabe notar que esses produtos são direcionados exclusivamente aos funcionários, não ao público em geral.

Além de garantir a presença de produtos menstruais em todos os banheiros, a política exige a instalação de um recipiente coberto para o descarte adequado desses itens. Isso levanta a questão de como as empresas vão lidar com a implementação efetiva dessas diretrizes.

Embora a mudança de política tenha sido oficializada em dezembro, é importante observar que muitos empregadores já haviam começado a adotar a medida antes do prazo. Isso suscita dúvidas sobre a pressão para conformidade e se as empresas realmente compreenderam as implicações dessa nova exigência.

A ex-senadora conservadora canadense Linda postou uma foto de uma cesta de produtos dentro de um banheiro masculino para membros transgêneros do Parlamento.

“Antigamente, quando apenas as mulheres menstruavam, tínhamos que pagar pelos nossos próprios produtos”, postou Frum ao X. “Mas agora que os homens também menstruam, esses produtos, a partir desta semana, são obrigados a ser gratuitos em todos os homens. banheiros em todos os locais de trabalho federais, incluindo Parliament Hill – onde esta foto foi tirada hoje.”

A iniciativa foi impulsionada por grupos de defesa, como Here For Her, United Way, Period Packs e a Canadian Women’s Foundation, que fizeram lobby junto ao governo canadense.

Essa mudança, embora possa ser vista como um passo em direção à inclusão, suscita críticas sobre a eficácia prática e ao custo e logística necessários para ser aplicada.

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