Censo 2022: Taxa de analfabetismo no Nordeste é o dobro da média nacional

Sul e Sudeste têm as menores taxas; Santa Catarina e Distrito Federal lideram ranking

O Nordeste registra a maior taxa de analfabetismo entre as grandes regiões do Brasil, com 14,2% da população sem saber ler e escrever, o dobro da média nacional. Nas regiões Sul e Sudeste, essa taxa é inferior a 4%. O Censo 2022, divulgado pelo IBGE, mostra uma leve melhora na alfabetização do Nordeste desde 2010, passando de 80,9% para 85,79%.

As taxas de analfabetismo no Norte e Nordeste superam 2% a partir dos 15 anos de idade, enquanto no Centro-Oeste isso ocorre a partir dos 35 anos, e no Sul e Sudeste, a partir dos 45 anos. A diferença é mais acentuada entre os idosos de 65 anos ou mais, com uma discrepância de 28,2 pontos percentuais entre o Nordeste e o Sul.

Santa Catarina e o Distrito Federal têm as maiores taxas de alfabetização, acima de 97%, enquanto Alagoas e Piauí apresentam as menores, com 82,8% e 82,3%, respectivamente. Os dados do Censo 2022 também indicam que a taxa de alfabetização no Brasil é de 93%, representando 151,5 milhões de brasileiros alfabetizados entre 163 milhões de pessoas com 15 anos ou mais.

O analfabetismo no Brasil caiu 2,6% desde o Censo de 2010, passando de 9,6% para 7%. Em 1940, menos da metade da população era alfabetizada. O IBGE considera alfabetizadas as pessoas que sabem ler e escrever um bilhete simples no idioma que conhecem, incluindo usuários do sistema Braille e aqueles que perderam a capacidade de ler e escrever devido a incapacidades físicas ou mentais.

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