Criminoso em regime semi-aberto e com tornozeleira eletrônica tortura ex-mulher com faca

Os alertas da tornozeleira, tanto para a polícia quanto para o celular da vítima, indicando a aproximação do agressor, não receberam uma resposta imediata

A mulher torturada com faca pelo ex-companheiro afirmou que a tornozeleira do agressor emitiu vários alertas enquanto foi agredida durante horas, na noite de 30 de dezembro. O celular da vítima recebeu mais de 70 notificações de aproximação do agressor, mas ela não conseguiu visualizá-los, pois o aparelho estava nas mãos do suspeito.

O monitoramento eletrônico feito pela tornozeleira alertou também a polícia; mas, segundo a vítima, os policiais não a ajudaram prontamente. Ela sofreu vários cortes de faca nas pernas e perdeu sangue, durante horas de agressões e ameaças.

Em entrevista à TV Verdes Mares, a mulher afirmou que o ex-companheiro invadiu sua casa já puxando seu cabelo e fazendo ameaças. Ele dizia que a culpa por ele usar tornozeleira eletrônica era dela.

Vítima de tortura recebeu mais de 70 alertas de aproximação do agressor com tornozeleira

“Ele foi logo entrando de uma vez e puxando meu cabelo, me agredindo. E começou a falar: tá vendo o que você fez comigo, sua desgraçada? Agora tu vai morrer. E ficava dizendo que ia me matar. Puxou meu cabelo e ficou dizendo que aquela tornozeleira era culpa minha e que ia me torturar a noite toda. Ele furou minhas pernas. Começou as agressões psicológicas dizendo que ia me matar e me rasgar de cima para baixo”, disse.

A mulher contou que após horas de agressões ele começou a gravar as cenas com o celular e enviava mensagens para a mãe dele. Com as pernas feridas, ela não tinha como fugir e pedir ajuda. Foi então que ela esperou ele dormir para pegar o celular dele e pedir ajuda para a família. Familiares receberam as mensagens e ligaram para polícia.

O homem, que já tem registros criminais por ameaça e estupro, teve sua prisão transformada em preventiva a pedido da Delegacia de Defesa da Mulher, conforme informado pela Secretaria da Segurança Pública. A companheira solicitou e obteve uma medida protetiva de urgência, a qual foi aceita pelo sistema judiciário.

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