Em pouco mais de dois meses, o Distrito Federal já registrou 120,6 mil casos prováveis de dengue, quase igualando a quantidade notificada ao longo dos últimos 19 anos na capital federal, que totalizou 125.703 casos entre 2000 e 2019, representando apenas 4% a mais do que o registrado em 2024.
Anteriormente, o ano com o maior registro de casos de dengue no DF foi 2022, com 70,1 mil infecções prováveis, enquanto em alguns anos, a quantidade de casos não ultrapassou mil.
A Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) não consegue estimar quantos casos ocorrerão neste ano, destacando que o aumento expressivo em todo o país foi previsto pelo Ministério da Saúde, mas sem um número exato.
A prevalência do sorotipo 2 da dengue é atribuída ao aumento de casos, pois não circulava na unidade da Federação há muito tempo, resultando em poucas pessoas imunizadas e, consequentemente, ampliando sua transmissão.
Dos 120,6 mil casos prováveis de dengue registrados no DF neste ano, 12.860 foram diagnosticados com o tipo 2 da doença, equivalente a 10,6%.
A mudança climática e as temperaturas recordes em 2023 são apontadas como fatores relacionados ao aumento de casos em 2024, alterando o regime de chuvas e criando condições favoráveis para a proliferação do mosquito.
O descarte irregular de resíduos e o crescimento populacional desordenado também contribuem para o aumento dos casos, evidenciando que os fatores determinantes estão relacionados ao comportamento humano.
O último boletim da SES-DF registrou um aumento de mais de 20 mil casos de dengue na última semana, totalizando 120.625 casos prováveis da doença, além de confirmar 78 óbitos desde o início de 2023, com outros 84 em confirmação.
As informações são do Metrópoles.