O governo de Luiz Inácio Lula da Silva finalmente localizou os 261 móveis que estavam “perdidos” no Palácio da Alvorada, após discordâncias durante a transição com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Os itens foram encontrados em setembro do ano passado, dez meses após a primeira inspeção no local. Antes da descoberta, o casal presidencial havia comprado móveis luxuosos, alegando a ausência dos objetos.
Durante a transição de governo, Lula e sua esposa, Janja, reclamaram das condições da residência oficial em Brasília e apontaram a falta dos bens após a saída de Bolsonaro e sua esposa. Além dos móveis, utensílios domésticos, livros e obras de arte também teriam desaparecido, gerando controvérsias entre os governos.
Apesar da descoberta dos móveis, o ex-presidente Bolsonaro acusou Lula de injustiça, alegando que todos os itens estavam no Alvorada e que Lula teria incorrido em falsa comunicação de furto. A polêmica em torno do suposto sumiço dos móveis foi um dos motivos para que Lula e Janja gastassem R$ 196,7 mil em móveis de luxo no início do ano passado, segundo relatos da imprensa.
Michelle Bolsonaro afirmou que o suposto sumiço dos bens foi uma estratégia de Lula e Janja para justificar a compra dos itens de luxo. “Durante muito tempo esse governo quis nos atribuir o desaparecimento dos móveis do Alvorada, inclusive insinuando que eles teriam sido furtados durante nossa gestão. Na verdade, eles sempre souberam que isso era uma mentira, mas queriam uma cortina de fumaça para desviar o foco da notícia de que estavam gastando o dinheiro do povo para comprar móveis novos por puro capricho”, disse a ex-primeira-dama.