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Estudantes endividados: Fies amplia vagas, mas custo assusta interessados

Uma formação ou uma dívida misteriosa? Veja porque pode ser uma má ideia fazer Fies

O Ministério da Educação (MEC) anunciou a oferta de 112.168 novas vagas para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em 2025. O programa é apresentado como uma solução para facilitar o acesso ao ensino superior, mas o alto endividamento ao fim da graduação tem gerado dúvidas sobre sua real vantagem.

Embora o Fies tenha adotado juros zero desde 2018 e uma escala de financiamento ajustada à renda do candidato, muitos estudantes relatam dificuldades para quitar as parcelas após concluírem seus cursos. Com o custo elevado de diversas graduações e a instabilidade no mercado de trabalho, o saldo devedor pode se tornar uma barreira significativa para a vida financeira dos jovens.

Para piorar, o retorno financeiro da formação em várias áreas é baixo, com salários iniciais que não cobrem as parcelas da dívida. Isso torna o Fies menos atrativo, especialmente para estudantes de famílias de baixa renda, que são os principais alvos do programa.

A criação do Fies Social, que oferece financiamento total e reserva metade das vagas para pessoas inscritas no Cadastro Único e em situação de vulnerabilidade, busca reduzir esses impactos. No entanto, a medida não resolve o problema do endividamento crescente, que persiste como um alerta para novos candidatos.

Apesar do aumento das vagas para os próximos anos, o Fies continua a exigir planejamento cuidadoso. Antes de aderir, é fundamental avaliar se o custo do curso será compensado por sua futura renda, evitando cair na armadilha de uma dívida que pode levar anos para ser quitada. O Farol Diário seguirá acompanhando os impactos deste programa.

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