Exército restringe quantidade de armas que PMs e bombeiros militares podem possuir

Novas regras impactam também policiais aposentados e membros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República

O Exército anunciou uma redução significativa no número de armas que policiais e bombeiros militares podem manter em suas residências. A partir desta segunda-feira, 20, uma nova portaria do Comando Logístico diminuiu de cinco para um o número de fuzis permitidos em acervos particulares e reduziu o total de armas de seis para quatro.

Inicialmente, uma autorização permitia que PMs possuíssem até cinco armas restritas, incluindo fuzis, como revelado pelo Estadão em janeiro. No entanto, o Exército suspendeu essa medida após a posse do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que expressou preocupações sobre a disseminação de armas de alto poder destrutivo e possíveis desvios. Em resposta, os critérios estabelecidos na portaria de janeiro foram revisados.

Sob as novas regras, policiais militares podem adquirir até quatro armas, com um limite de duas de uso restrito, das quais apenas uma pode ser um fuzil. A portaria 224/2024 do Comando Logístico também estipula que policiais militares aposentados estão limitados a adquirir apenas duas armas de fogo de uso permitido, sem nenhuma arma de uso restrito.

As alterações também abrangem os membros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Apenas fuzis que atendam às especificações técnicas de energia gerada no disparo (1.750 joules) são permitidos, incluindo sete dos oito modelos de fuzis produzidos pela Taurus. Desde os decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as restrições aos CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores) fizeram com que policiais militares e membros das Forças Armadas se tornassem os principais compradores de armas de maior poder destrutivo.

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