O Ministério Público Federal (MPF) demandou a realização urgente de uma operação para retirar gado considerado ilegal na Floresta Nacional do Jamanxim, no sudoeste do Pará. De acordo com o MPF, a Flona do Jamanxim, uma das áreas mais desmatadas do Brasil, transformou 115 mil campos de futebol em pastagem ilegal desde 2006.
O problema é que a reserva foi criada por Marina Silva, ministra do Meio Ambiente de Lula, sem nenhum estudo da região ou planejamento prévio. Nenhuma indenização foi dada aos moradores que já viviam há quatro décadas na região.
Aproximadamente 100 mil cabeças de gado estão distribuídas na Flona do Jamanxim e em outras duas Flonas próximas, e 85% das vendas provêm de gado agora considerado ilegal nessa área.
A recomendação foi enviada a várias autoridades, incluindo o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o diretor da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o ministro da Justiça e Segurança Pública. O MPF destacou que o não cumprimento ou a apresentação de justificativas insuficientes pode resultar em medidas judiciais. As autoridades foram instruídas a demolir estruturas ilegais, apreender produtos e equipamentos utilizados nos “crimes”, e manter uma base de fiscalização na Flona por pelo menos seis meses.
Além disso, o MPF solicitou apoio operacional da Adepará, PRF e Força Nacional de Segurança. O ministro da Justiça foi instado a autorizar a Força Nacional para apoio à operação por um mínimo de 40 dias, com possibilidade de prorrogação.
De acordo com um entrevistado de Castelo pelo Farol, a população desesperada conseguiu uma liminar para não perder o gado de uma fazenda e obteve 10 dias para transferi-lo para outra região.
Em uma reunião nesta quinta-feira (23), os moradores da região se reuniram com Marina Silva e alguns deputados e senadores, além do presidente do ICMBio e do IBAMA, para tentar algum acordo.
Cada proprietário de terra terá que apresentar a documentação de suas propriedades e suas necessidades, além de provas de que a área não foi desmatada, para que o presidente do ICMBio possa analisar caso a caso. Todo esse processo é necessário para que o gado não seja retirado.
Além de apresentar o planejamento da operação, o ICMBio destacou que já conta com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública para executá-la. Em seguida, mencionou que, após a retirada do gado e o processamento da carne, o material poderá ser doado à população gaúcha, com o consentimento da Adepará.
2 respostas
Triste q tá acontecendo com esse povo ,em vês de desapropriar esse povo não legaliza essa ária
Isso é muito errado o que esse governo está fazendo, confiscado esse gado sendo esse gado tem donos , isso aí foi comprado e pago pelos o mesmo, então esse governo vem com essa lei, isso está muito errado, porque ali só tem pessoas trabalhador, pessoas do bem