O preço da cesta básica no Brasil subiu 14,2% em 2024, passando dos 15% em janeiro desse ano, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A alta expressiva compromete o orçamento das famílias, principalmente as de baixa renda, que direcionam grande parte de sua renda à alimentação.
Entre os produtos que mais encareceram estão tomate, batata, óleo de soja, leite, arroz e feijão. O tomate teve sua produção prejudicada por fatores climáticos, enquanto a batata sofreu com a sazonalidade e a menor oferta no mercado interno. Já o óleo de soja foi impactado pela alta demanda internacional e oscilações cambiais. O leite e seus derivados aumentaram devido ao custo elevado da ração e combustíveis, enquanto arroz e feijão foram afetados por variações no mercado interno e questões climáticas.
O levantamento do Dieese, realizado em 17 capitais, revelou que todas registraram aumento no custo da cesta básica. São Paulo lidera com os preços mais altos do país, enquanto Aracaju tem a cesta mais barata, embora também tenha sofrido reajustes. Capitais como Porto Alegre, Florianópolis e Rio de Janeiro tiveram aumentos significativos, refletindo o impacto da inflação nos alimentos.
Com o aumento dos preços, muitas famílias precisam adaptar seus hábitos de consumo, reduzindo a compra de determinados produtos ou buscando alternativas mais acessíveis. Essa situação compromete a qualidade da alimentação e torna ainda mais desafiadora a manutenção de uma dieta equilibrada. O cenário reforça a inflação dos alimentos como uma das maiores preocupações de 2024, pressionando o custo de vida e exigindo estratégias para amenizar seus efeitos. O Farol Diário seguirá acompanhando o impacto dessas altas no cotidiano dos brasileiros