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Justiça determina retorno ao curso de medicina de jovem que matou amiga na adolescência

A amiga foi morta com um tiro no rosto, e o juiz classificou o caso como homicídio culposo. Decisão judicial contesta a expulsão da estudante e assegura sua reintegração à universidade

A Justiça Federal ordenou nesta terça-feira (27) que a jovem que fatalmente feriu sua amiga com um disparo de arma de fogo volte a frequentar o curso de medicina na Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas (SP). A decisão, emitida pelo juiz Haroldo Nader da 6ª Vara Federal de Campinas, estabelece um prazo de dois dias para sua reintegração, garantindo que ela não sofra prejuízos acadêmicos pelo tempo em que esteve ausente.

A expulsão da estudante ocorreu em 16 de fevereiro, após a instituição de ensino constatar um clima de instabilidade decorrente da presença dela. No entanto, o juiz Nader contestou essa medida, argumentando que a jovem foi considerada apta ao convívio social pela Justiça da Infância e Juventude, e que na época do incidente ela nem sequer era aluna de medicina, invalidando assim as razões para sua expulsão.

O advogado da jovem denunciou a expulsão como um ato discriminatório e destacou que a autonomia das universidades não justifica a discriminação no processo de seleção de alunos. Além disso, ele mencionou que estão em curso diversas ações legais para responsabilizar aqueles que atacaram sua cliente.

O trágico incidente ocorreu em 12 de julho de 2020, quando a adolescente de 14 anos foi morta por um disparo no rosto, desferido pela própria amiga durante uma atividade de tiro esportivo. Após uma revisão do caso, a tipificação do crime foi reduzida para homicídio culposo, permitindo que a jovem responda em liberdade, tendo em conta sua menoridade à época dos fatos.

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