Monark é acusado de ‘desobedecer ordem judicial’ pela PF

Influenciador responde à denúncia da Polícia Federal com criação de plataforma 'Bunker555' em meio a crescente debate sobre limites na era digital

A Polícia Federal formalizou uma acusação contra o influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark, por desobedecer a uma ordem judicial, encaminhando o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF). A denúncia se baseia na alegação de que Monark cometeu um crime ao não cumprir a determinação do ministro Alexandre de Moraes, que proibiu o uso de plataformas digitais pelo youtuber após ser banido do YouTube em 2022. O banimento ocorreu devido a declarações controversas durante uma entrevista que abordava temas como liberdade de expressão e regimes totalitários.

Em junho de 2023, Moraes ampliou suas medidas ao ordenar o bloqueio de outros perfis de Monark nas redes sociais, em resposta a questionamentos do influenciador sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas e do processo eleitoral brasileiro. Em resposta a essas restrições, Monark anunciou, em seu perfil no Twitter, a criação da plataforma Bunker555, posicionando-a como uma alternativa “100% livre de censura” para competir com o YouTube e contornar as medidas impostas pelo STF.

O influenciador afirmou que a mensalidade da Bunker555 é de R$ 20 e que, ao se tornar membro, o usuário demonstra “apoio” e “ajuda a manter a esperança na justiça”. A PF argumenta que a infração persiste, destacando as publicações contínuas em diversas plataformas de mídia social como prova inequívoca da desobediência à ordem judicial, conforme previsto no artigo 359 do Código Penal. O embate entre Monark e as autoridades judiciais continua a levantar questões sobre a liberdade de expressão e o alcance das restrições impostas a influenciadores digitais.

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