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Rebeldes tomam Damasco e derrubam governo de Síria

Bashar al-Assad comandou o país por mais de 13 anos e sua saída deve piorar a crise na região do Levanta e aumentar a influência de extremistas islâmicos

Depois de 13 anos de um conflito devastador, os rebeldes sírios declararam neste sábado (7/12) a queda do regime de Bashar al-Assad. Em um anúncio transmitido pela televisão pública da Síria, os insurgentes, liderados por radicais islâmicos do grupo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), proclamaram a “libertação” da capital, Damasco. O paradeiro de Assad permanece desconhecido.

Bashar al-Assad assumiu o poder em 2000, sucedendo seu pai, Hafez al-Assad, e governou por 24 anos. Seu governo enfrentou crescente oposição desde 2011, quando protestos populares, parte da chamada Primavera Árabe, foram violentamente reprimidos, desencadeando uma guerra civil. Durante o conflito, Assad contou com o apoio de aliados como a Rússia e o Irã, mas viu a ascensão de grupos extremistas como o Estado Islâmico e a fragmentação do território sírio.

Desde 27 de novembro, a ofensiva liderada pelo HTS resultou na captura de importantes regiões, começando pela estratégica cidade de Aleppo. Nas primeiras 96 horas de combates intensos, estimativas indicam que os insurgentes tomaram cerca de 50 localidades por dia. A rápida progressão culminou no cerco à capital neste sábado, forçando a queda definitiva do regime.

O colapso de Assad marca o fim de um regime autocrático, mas deixa a Síria sob o controle de um grupo com ideologia radical. O futuro do país, já devastado por mais de uma década de guerra, permanece incerto, e os olhos do mundo estão voltados para as próximas ações dos jihadistas. O jornal O Farol Diário continuará acompanhando os desdobramentos desta crise.

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