A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná emitiu, nesta quinta-feira (14), um parecer a favor da cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil) e da sua inelegibilidade.
As acusações envolvem caixa dois, uso indevido de meios de comunicação social e abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022. O parecer descartou as acusações de caixa dois e uso indevido de comunicação social, mas manteve a de abuso de poder econômico.
Alega-se que Moro gastou pelo menos R$ 2 milhões na pré-campanha, representando 110% do total gasto por todos os candidatos ao Senado no Paraná.
Outro aspecto desfavorável para Moro é a “mudança de nível”, considerada ilícita pelo parecer: Os procuradores também concluíram que a pré-campanha do ex-juiz inicialmente visava a corrida presidencial, mas posteriormente ele teria redirecionado seus esforços para o Senado. Destacaram que a projeção nacional de uma figura pública desempenha um papel crucial, mesmo em eleições estaduais, influenciando vários aspectos do processo eleitoral.
A defesa de Moro, representada pelo advogado Gustavo Guedes, discorda do parecer, mas respeita a decisão, afirmando que a improcedência ocorrerá.