A fim de tornar as carreiras nas forças militares e de segurança mais atrativas para as mulheres, uma investigação revelou que soldados e policiais espanhóis estão optando por mudar de gênero para acessar benefícios destinados a esse grupo específico.
A lei de autoidentificação, introduzida simultaneamente ao aumento dos benefícios, simplificou o processo de transição formal para aqueles que desejam mudar de gênero. Desde então, 41 homens se registraram como mulheres em Ceuta, região espanhola no Norte da África, com a maioria deles pertencendo às forças armadas ou à polícia.
Um exemplo citado é o de Roberto Perdigones, cabo do exército, que se identificou como mulher para usufruir de vantagens financeiras e de moradia superiores. Ele mencionou que a “discriminação positiva” foi um estímulo para essa mudança, visto que, ao se tornar mulher, obteve um aumento na pensão e um adicional salarial de 15% por ser considerado mãe.
Além disso, Perdigones planeja buscar a custódia compartilhada de seu filho, acreditando que seu novo status de gênero pode favorecê-lo nos tribunais. A mudança legal de gênero também lhe proporcionou privilégios, como um quarto privativo com banheiro exclusivo no quartel, devido à sua identidade feminina.
A legislação espanhola sobre transgêneros permite que qualquer pessoa solicite formalmente a mudança de gênero em seus documentos de identidade, sem a necessidade de relatórios psicológicos ou médicos. Esta medida visa aumentar a representatividade das mulheres nas forças de segurança, uma meta do governo espanhol que tem gerado controvérsia e debate político.
