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Deputada Érika Hilton “denuncia” recebimento de visto americano com gênero masculino

Parlamentar do PSOL acusa governo Trump de transfobia e promete acionar a ONU por desrespeito a registros civis brasileiros

A deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP) denunciou nesta semana que recebeu um visto dos Estados Unidos onde aparece identificada com o gênero masculino. A parlamentar viajou ao país para participar da Brazil Conference, evento realizado por brasileiros na Universidade de Harvard e no MIT, e compartilhou o ocorrido em suas redes sociais.

Segundo Hilton, a alteração no documento americano representa um desrespeito aos registros civis do Brasil, onde ela é legalmente reconhecida como mulher. A deputada também afirma que não preencheu nenhum formulário que justificasse a mudança e vê a decisão como um reflexo direto da nova postura do governo Donald Trump, que retornou ao poder no início do ano.

A congressista declarou à Folha de S. Paulo, na coluna de Mônica Bergamo, que pretende acionar a Organização das Nações Unidas (ONU) para denunciar o que considera um caso de transfobia institucional. Em sua crítica, Hilton acusa os EUA de ignorarem documentos oficiais de “nações soberanas” e questiona o impacto de decisões administrativas sobre a dignidade de representantes diplomáticos.

A mudança na política americana está relacionada a uma ordem executiva assinada por Trump logo no primeiro dia de mandato. A medida determina que o governo federal reconheça apenas os gêneros masculino e feminino em seus formulários, desconsiderando identidades de gênero não binárias ou trans.

Érika Hilton já havia obtido um visto americano em 2023, durante a gestão de Joe Biden, em que foi reconhecida como mulher. A parlamentar atribui a atual divergência à nova orientação política da Casa Branca. Até o momento, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

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