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Itamaraty não custeará traslado de Juliana Marins, vítima de queda em cratera

Jovem carioca de 26 anos foi encontrada morta no Monte Rinjani após quatro dias de buscas; governo federal alega que não financia retorno de corpos do exterior

O corpo da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, não será repatriado com apoio financeiro do governo brasileiro. A jovem, natural do Rio de Janeiro, morreu após cair em uma cratera no Monte Rinjani, na Indonésia, durante uma trilha. Em nota divulgada nesta quarta-feira (25), o Ministério das Relações Exteriores informou que não arca com os custos de traslado de brasileiros falecidos fora do país, limitando-se a oferecer orientações consulares.

Juliana viajava pelo Sudeste Asiático desde fevereiro, em uma jornada pessoal que se transformou em tragédia. O desaparecimento da jovem mobilizou equipes de resgate por quatro dias, até que seu corpo foi localizado por um voluntário a 600 metros de profundidade, em uma área de acesso extremamente difícil e com más condições climáticas.

Na noite de segunda-feira (23), sete socorristas tentaram alcançar o local onde Juliana estava, mas precisaram recuar por falta de visibilidade. O resgate só foi concluído na manhã de quarta-feira, horário local, o que corresponde à noite de terça-feira no Brasil. A operação exigiu o uso de maca e transporte aéreo para levar o corpo até o hospital Bayangkara, após breve passagem pelo posto de Sembalun.

A negativa de auxílio financeiro por parte do governo levanta questionamentos sobre o suporte oferecido aos cidadãos brasileiros em situações de emergência no exterior. Para muitas famílias, arcar sozinhas com os custos da repatriação é uma tarefa quase impossível, especialmente em tragédias imprevisíveis como essa. Enquanto isso, os trâmites burocráticos e logísticos continuam por conta da família da jovem.

O Farol Diário segue acompanhando o caso e repercutindo os desdobramentos desta tragédia que comoveu brasileiros dentro e fora do país.

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