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Estudo mostra que quase o dobro de índios yanomamis morreram na gestão de Lula

Estudo da Secretaria de Saúde Indígena revela acentuado aumento nas mortes de Yanomamis durante o governo Lula em comparação com a administração Bolsonaro

A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde divulgou um relatório preocupante em 21 de dezembro, revelando um aumento de 50% nas mortes na comunidade ianomâmi em 2023, em comparação com o ano anterior. O total de óbitos chegou a 308, marcando um aumento significativo em relação às 209 mortes registradas em 2022. O governo Lula, acusando a administração anterior de genocídio contra os ianomâmis, divulgou em 2022 que houve 209 mortes na Terra Indígena Ianomâmi, localizada em Roraima, na Região Norte do Brasil.

A crítica situação dos indígenas, com desnutrição crônica em destaque, levou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a ordenar uma investigação da Polícia Federal sobre possível omissão de socorro e genocídio pelo governo Bolsonaro em janeiro. Posteriormente, o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, ampliou a investigação, que agora está em andamento de forma sigilosa.

Das 308 mortes em 2023, 162 foram de crianças indígenas da etnia ianomâmi com idades entre zero e quatro anos, representando mais da metade do total.

Dos óbitos infantis, 104 foram de bebês com até um ano, correspondendo a cerca de um terço do total de mortes. As principais causas de falecimento foram doenças respiratórias, causas externas, e doenças infecciosas e parasitárias.

Chama a atenção o aumento no número de mortes de bebês ianomâmis em 2023 em comparação com a média dos cinco anos anteriores, incluindo o período da pandemia de covid-19.

Entre 2018 e 2022, a média anual foi de 101 mortes de crianças com até um ano. A Sesai apresentou dados sobre o total de 1.285 mortes em diferentes faixas etárias durante o período de 2018 a 2022, com uma média anual de 257 óbitos. Embora o número seja menor do que o registrado em 2023, ainda é superior ao índice de 2020, que foi o ano inicial da pandemia de covid-19.

Em 2023, durante o governo Lula, foram entregues 30 toneladas de provisões e administradas 60 mil doses de vacina na Terra Indígena Ianomâmi.

Desde a declaração de emergência sanitária emitida pelo governo Lula, a entrada na área foi limitada. A região abrange 9,6 milhões de hectares no Brasil e mais 8,2 milhões na Venezuela, com aproximadamente 31 mil indígenas, sendo 85% pertencentes à etnia ianomâmi.

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